segunda-feira, 23 de março de 2015

Da série Óxido-de-ferro / Memórias e afins (2)



Óxido-de-ferro – 2


p/Alice1 e RuthGlória.
Sertão-Cerrado,23-3-15
JB/oEncantadoCavaleiro



Sêo David era vaqueiro
Levantava no escuro do fim da noite
Arriava o seu pingo-de-campo
E ia buscar a vacaria no pasto serenoso
Quando voltava
Trazia o sol e a manhã junto com êle




Óxido-de-ferro / Memórias e afins.



Óxido-de-ferro – 1

p/ Kalissa, Kátia-Kóra,
 La Luna e Qkossô.
Sertão-Cerrado, 19-3-15
JB/oEncantadoCavaleiro.

O meu Vô João-Ônço
Brábu em seu próprio ser 
E todo-dono-do-sertão
 Explicava o mundo sem meias palavras.
Quando menino, perguntei-lhe:
“Por que as casas têm essa faixa escura
Assim, abaixo da pintura,
Ali bem rente ao chão?!”...

Riposta:
“... é o rodapé,
com o pó da memória por tinta.
Do tempo que já passou.
De quando a gente vivia nas grotas
E dormia com as costas deitadas no chão...
É p’rá não esquecer disso, não!...”