sábado, 13 de abril de 2024

Maia Neto


Êsse, da bela Obra do  Poeta, Boaventura Maia Neto, o nosso Bôínha, que nos deixou, ontem pela madrugada... Ao deleite!...
P/Kakareko e Monklar.




sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Óxido de ferro - 5




 p/ Kalissa-Nawá,Kátia-Kora y Don José Alvarez.
 Sertão/Cerrado,19/10/2015

    J.Bamberg

Caminhos errantes...                                                                                                                 



Não tenho um 'Álbum de Lembranças'

como soe sê-lo a todos em geral

minhas memórias muitíssimas

cheiram a suór,aço,pólvora e 'tínta sangre'

lembro-me das pedras duras e cortantes

do muro em que perdí a maioria dos amigos

pelo simples fato de amarem a liberdade



não se guarde isso em 'papel-linho'

ainda mais quando imagens de mortes

se sentimentos então

muito menos

tenho memórias brutas como as rochas

que guardam as esmeraldas de Campo Formoso

nunca se guarda isso em gavêtas.|


 Vangelis and Demis Roussos - Tales Of The Future (Blade Runner Soundtrack)







segunda-feira, 23 de março de 2015

Da série Óxido-de-ferro / Memórias e afins (2)



Óxido-de-ferro – 2


p/Alice1 e RuthGlória.
Sertão-Cerrado,23-3-15
JB/oEncantadoCavaleiro



Sêo David era vaqueiro
Levantava no escuro do fim da noite
Arriava o seu pingo-de-campo
E ia buscar a vacaria no pasto serenoso
Quando voltava
Trazia o sol e a manhã junto com êle




Óxido-de-ferro / Memórias e afins.



Óxido-de-ferro – 1

p/ Kalissa, Kátia-Kóra,
 La Luna e Qkossô.
Sertão-Cerrado, 19-3-15
JB/oEncantadoCavaleiro.

O meu Vô João-Ônço
Brábu em seu próprio ser 
E todo-dono-do-sertão
 Explicava o mundo sem meias palavras.
Quando menino, perguntei-lhe:
“Por que as casas têm essa faixa escura
Assim, abaixo da pintura,
Ali bem rente ao chão?!”...

Riposta:
“... é o rodapé,
com o pó da memória por tinta.
Do tempo que já passou.
De quando a gente vivia nas grotas
E dormia com as costas deitadas no chão...
É p’rá não esquecer disso, não!...”






sábado, 20 de dezembro de 2014

Da série: CALENDÁRIA DIAGNÓSTICA 2

Memórias do corpo alheio



"... Eu sou uma preta velha aqui sentada ao sol. 
Junto a uma fonte, um monumento, eu estou aqui sentada ao sol. 
As pessoas passam, as coisas passam e eu fico aqui sentada ao sol.
Homens, mulheres, cachorros e gatos, automóveis,
mosquitos, aviões, e eu aqui sentada ao sol.
Eu sou uma preta aqui sentada ao sol,

Não tenho um nome, nem idade, nem pátria,
Não venho de lugar nenhum, não vou
à qualquer parte, não quero nada,
eu quero ficar aqui sentada ao sol.
Eu sou uma preta velha
aqui sentada ao sol..."


Para ouvir, clique aqui:



Da série: CALENDÁRIA DIAGNÓSTICA 1






sexta-feira, 18 de abril de 2014

O prêço







O prêço
p/ Alice2, Tadeu e Hércio
18/04/2014
GYN-GO
                    J.Bamberg


o peixe no mar
a rêde o apanha
a indústria o enlata
o mercado
o traz ao meu prato
salada amarga
talharim
atum
a Semana Santa
é mais que
um tempo de comer peixes

Milagre dos peixes. Milton Nascimento