sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Óxido de ferro - 5




 p/ Kalissa-Nawá,Kátia-Kora y Don José Alvarez.
 Sertão/Cerrado,19/10/2015

    J.Bamberg

Caminhos errantes...                                                                                                                 



Não tenho um 'Álbum de Lembranças'

como soe sê-lo a todos em geral

minhas memórias muitíssimas

cheiram a suór,aço,pólvora e 'tínta sangre'

lembro-me das pedras duras e cortantes

do muro em que perdí a maioria dos amigos

pelo simples fato de amarem a liberdade



não se guarde isso em 'papel-linho'

ainda mais quando imagens de mortes

se sentimentos então

muito menos

tenho memórias brutas como as rochas

que guardam as esmeraldas de Campo Formoso

nunca se guarda isso em gavêtas.|


 Vangelis and Demis Roussos - Tales Of The Future (Blade Runner Soundtrack)







6 comentários:

  1. Grande poeta, escritor e ser humano. Bom ter você como amigo.
    Visitei seu espaço internético, blogueiro e gostei muito.
    Lembre-se que um dos nossos livros notáveis, Os sertões, do Euclides, foi feito em moldes de caderneta de campo.
    Parabéns, Bam bam bam...Berg.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. A obra literária de Jota Bamberg chega
    junto (muito perto) à sua vida rica
    em vivências extraordinárias
    e úteis como aprendizado, para todos os que
    acompanham, como eu, desde sempre. Da sua infância
    rica, travessa, passando por uma adolescência inquieta,
    criativa, buscazita, corajosa...sem temor, até invejável.
    Como homem formado todos conhecem, não preciso dizer nada.
    E quem tem histórias e estórias na cachola acaba assim...
    simplesmente assim...óxido de ferro.

    Parece-me assim...
    Óxido de ferro mesmo...
    Que tinge em vermelho o espelho branco dos olhos
    do vaqueiro
    Que tinge d`ouro o lembrar duradouro do poeta,
    Indo ao infinito na sua memória inconfundível
    No tempo/espaço da vida
    de coisas mil(hões).
    Mais uma vez obrigado Von Bamberg.
    Cacareco

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  4. Em gavetas não se guarda sentimento algum.
    Na memória sim,
    Em palavra expressa - Gratidão professor JB.

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